Cidade mais cosmopolita da região Norte do Brasil, a antiga “Paris Brasileira” é famosa por ser a residência da Floresta Amazônica. De beleza sem fim, vida cultural intensa, saborosa gastronomia e, claro, gigantesca riqueza natural, a capital amazonense tem muito a oferecer a quem a escolhe como destino. Então, que tal descobrir agora mesmo o que fazer em Manaus? Confira a seguir as 14 dicas que separamos especialmente pra você!
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Primeiramente, vamos falar do símbolo da época áurea de Manaus, vivida durante o ciclo da borracha, e um dos cartões-postais da cidade. O Teatro Amazonas foi inaugurado em 1896 e é palco para os mais variados espetáculos. O espaço já recebeu óperas, musicais, peças de teatro, shows de cantores líricos e populares, festivais, grupos de dança, bandas, corais e orquestras, por exemplo. Além disso, dispõe de um rico acervo histórico – ou seja, também funciona como um museu.
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De quebra, tem a seu favor uma arquitetura bem bonita, com influências renascentistas. O destaque, porém, vai para a cúpula, cujas mais de 30 mil peças prestam uma homenagem à bandeira brasileira.
Inspirado no antigo mercado Les Halles, de Paris, e datado de 1883, foi construído em art noveau e tem uma estrutura de ferro desenhada por ninguém menos do que Gustave Eiffel. Reconheceu o sobrenome? Pois é, trata-se do engenheiro francês que deu nome à Torre Eiffel. Embora tenha sido fechado para obras de restauro em 2006, foi reinaugurado em 2013.
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Fica às margens do Rio Negro, no coração de Manaus, e representa um dos principais espaços de comercialização de produtos típicos da região. Portanto, o point é imperdível porque permite conhecer um pouco da cultura do povo amazonense, refletida em produtos regionais (como peixes e frutas), artesanato e especiarias. Lembre-se: o Mercadão tem duas fachadas diferentes, sendo que uma fica de frente para o Rio Negro e, a outra, para a via pública.
Um dos mais importantes patrimônios locais, o encontro das águas dos rios Negro e Solimões precisa estar na sua listinha de o que fazer em Manaus. Mas, afinal, o que é isso? Em linhas gerais, é um fenômeno que ocorre quando a água escura do Rio Negro e a água barrenta do Rio Solimões se encontram, sem se misturar, e correm juntas por mais de 6 km. Isso acontece por conta da temperatura e da densidade diferentes de ambas.
Tá a fim de ver isso de perto? Então saiba que existem duas opções: ir até o Mirante da Embratel, no bairro Colônia Antônio Aleixo, ou embarcar em um passeio para, além de ver, também sentir a temperatura de cada uma delas. De uma forma ou de outra, a dica é ter o celular ou uma câmera em mãos para registrar esse momento único.
Construído com o objetivo de servir de residência para o alemão Karl Waldemar Scholz, conhecido como o Barão da Borracha, o Centro Cultural Palácio Rio Negro depois passou a funcionar como sede do governo amazonense.
Após algumas reformas e adaptações, tornou-se um centro cultural e, por isso mesmo, ainda hoje conta com exposições fixas e temporárias, recitais, lançamentos de livros e uma série de outras atividades culturais. Por fim, também guarda diversas relíquias políticas e fotos dos governantes do estado, o que é perfeito para quem quer se aprofundar na história da região.
Ideal para quem se amarra em passeios tranquilos e relaxantes, o Bosque da Ciência é uma área do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Dono de uma exuberante vegetação florestal e habitat de inúmeros animais, é dedicado ao conhecimento científico e educacional, bem como para o lazer. Isso porque o local promove um encontro com a natureza sem, contudo, fazer com que o(a) visitante tenha de se deslocar do centro de Manaus.
Apesar de o Bosque da Ciência estar temporariamente fechado, vale ficar de olho no site e na programação, já que, ao longo do ano, são realizados muitos eventos abertos ao público.
O nome é o mesmo da icônica praia de Natal, no Rio Grande do Norte, mas não se engane: essa fica mesmo em Manaus. Inclusive, é a mais famosa da cidade e muito procurada pelos nativos. Ela não tem mar: ali, o papel do oceano é feito pelas águas mornas do Rio Negro. Aliás, a praia só se forma quando o rio está baixo, então já vá pra lá tendo isso em mente.
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Um de seus diferenciais está no calçadão, lotado de atrativos. Entre eles, cabe ressaltar um anfiteatro (ponto de apresentações artísticas brazucas e gringas), opções de restaurantes, mirantes e píer, por exemplo. A região também é ótima para caminhar tranquilamente, praticar exercícios físicos e assistir a um bonito pôr do sol.
Bem próxima do Teatro Amazonas, no Centro Histórico da cidade, a Igreja São Sebastião é um ponto imperdível para turistas religiosos. Ela nasceu em 1859 como uma capela de madeira construída pelo grupo de fiéis Irmandade de São Sebastião. No decorrer dos anos, contudo, foi ganhando uma arquitetura eclética, com influências góticas, neoclássicas e renascentistas. O resultado disso é um edifício imponente, que vale a pena ser conferido ao vivo e a cores.
Curiosidade: o badalar dos sinos ao longo do dia tem significados distintos e bem importantes para os(as) católicos(as). Ao meio-dia, hora do almoço, as 12 badaladas lembram as pessoas de agradecer e orar pelo alimento à mesa; às 18h, o momento é de prece pela hora do jantar. Aos domingos de manhã e às 17h45, o sino ressoa conclamando as pessoas para a missa. Por outro lado, o badalar é diferente quando alguém importante para a comunidade falece, uma vez que o sino assume uma melodia fúnebre.
Criado inicialmente para as gravações do filme “A Selva”, uma adaptação do livro de mesmo nome do escritor português Ferreira Castro, o Museu do Seringal é uma verdadeira viagem até o auge do ciclo da borracha. Isso porque, por meio de visitas guiadas por experts, apresenta todo o processo de extração e fabricação da borracha e, também, as colossais discrepâncias entre o modo de vida dos seringueiros (responsáveis por extrair a borracha) e os seringalistas (donos do seringal). Spoiler: dá até para participar do processo de colheita da borracha.
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Embora o acesso não seja dos mais simples, já que fica em uma área afastada do centro, quem visita o lugar concorda que ele deve constar entre as dicas de o que fazer em Manaus. Anote aí: para visitá-lo, você deve se dirigir até a Marina do Davi e comprar o ingresso em uma lancha. O trajeto leva um pouco mais de 30 minutos. O ingresso ao museu é pago e a visita guiada dura cerca de uma hora.
Maior centro natural da cidade, o Musa nada mais é do que um museu vivo. Por estar localizado na Reserva Adolpho Ducke, promove uma imersão e tanto na biodiversidade amazônica. Inclusive, abriga o Jardim Botânico Adolpho Ducke, cuja riqueza de fauna e flora tem sido alvo de estudos há mais de 60 anos por parte do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
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Sabe por quê? Simples! Mais do que ampliar o conhecimento acerca de sua exuberância, os estudos ajudam a conservar e a valorizar o meio ambiente. O Musa abriga ainda 3 km de trilhas, biblioteca, laboratórios, aquários, orquidário e borboletário, bem como uma torre de 42 metros de altura, da qual se tem acesso a uma vista panorâmica da floresta. Em outras palavras, o local visa unir a ciência ao deslumbramento causado pela natureza. Portanto, caso esteja decidindo o que fazer em Manaus, não deixe de incluir o Musa no roteiro.
Abrigo para igapós (vegetação inundada típica da Amazônia), árvores samaumeiras, orquidários, vitórias-régias – símbolos da região –, assim como macacos, jacarés e uma série de outros habitantes que fazem parte de seu ecossistema, o Parque Ecológico do Lago Janauari é um reduto repleto de belezas naturais. Situado a uma hora de barco de Manaus, vale reservar um tempinho para explorá-lo com calma, já que o lugar inspira contato com a natureza e reflete a biodiversidade da região.
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Eleita como a melhor praia de Manaus pela Lonely Planet, a Praia da Lua merece a sua atenção e é mais uma boa dica de o que fazer em Manaus. Antes de qualquer coisa, vale ressaltar que ela leva este nome devido ao formato de lua que seu banco de areia forma sobre o Rio Negro. Caso você deseje ver de perto esta beleza, priorize visitar a região em épocas de maré alta, uma vez que em tempos de maré baixa a faixa de areia não costuma existir, o que atrapalha o passeio.
Se possível, tente ir pra lá durante a semana, visto que, aos sábados e domingos, o movimento pode ser intenso. Além disso, não precisa se preocupar com estrutura: há barracas e quiosques servindo o melhor da culinária amazonense. Esses pontos de apoio também disponibilizam guarda-sol e cadeiras.
Mas, ó, aqui vai um detalhe relevante: ela fica a 23 km de Manaus e é acessada somente de barco/lancha. Sendo assim, para visitá-la, basta ir até a Marina do Davi e adquirir o seu ingresso. Partiu?
Com certeza você já ouviu falar no boto-cor-de-rosa, certo? E o que você diria se soubesse que pode ver de perto – bem de perto – o personagem principal de uma das lendas folclóricas mais famosas da região? Pois fique sabendo que em Manaus isso é totalmente possível. Por meio de um passeio de lancha, contratado via agência de viagens, você terá a oportunidade de não apenas nadar com os botos, como também de alimentá-los. Para fechar com chave de ouro, o passeio é feito 100% na presença de guias experientes e mais do que preparados(as) para compartilhar informações. Ou seja: a segurança é garantida, viu? Só vai!
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Quando a gente pensa em Manaus e no Amazonas de forma geral, a primeira que vem à nossa mente são as tribos indígenas, certo? E, por isso mesmo, vale demais a pena aproveitar a estada na cidade para conhecer melhor a cultura indígena. Algumas tribos estão abertas à visitação, como é o caso da tribo Dessana Tukana, na reserva do Tupé.
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O encontro com os(as) turistas se dá em um espaço que não necessariamente é o lugar onde os indígenas moram, mas que visa estimular o intercâmbio cultural. Eles falam bastante sobre os seus instrumentos artesanais, costumes e rituais. Ao mesmo tempo, exibem os corpos pintados e enfeitados por acessórios feitos de sementes; na cabeça, o tradicional cocar. Aliás, você sabia que o cocar pode ter vários significados? De acordo com as explicações deles, podem ter a ver com força, ligação com a natureza e ciclo da vida, além de também poderem representar um troféu por algum ato de coragem.
Prepare-se, pois você terá a chance de participar de danças, pinturas, experimentar comidas e de mergulhar na história e nos hábitos deste povo tão importante para o nosso país. Contudo, a nossa dica é realizar este passeio sempre com um um guia ou com o apoio de uma agência de viagens, combinado?
Por último, mas não menos importante, essas duas atividades são perfeitas para quem curte uma boa aventura e, acima de tudo, deseja viver a experiência completa enquanto estiver em Manaus. Entretanto, atenção: é preciso reservar um tempo e ter bastante paciência para realizar a pesca e a focagem, posto que costumam ser atividades mais demoradas.
A pesca esportiva de piranhas acontece nas regiões do Rio Ariaú e do Rio Solimões, ao passo que a focagem de jacarés costuma se concentrar nas regiões do Manaquiri. Em alguns momentos o(a) guia tenta apanhar um jacaré com as próprias mãos. Quando obtém êxito, você tem a oportunidade de observar de perto este fantástico animal e, se quiser, até mesmo acariciá-lo – tudo isso em segurança, é claro! O animal é devolvido em seguida ao seu habitat.
Além disso, o(a) visitante pode aproveitar para fazer um passeio de lancha noturno para avistar os jacarés e escutar os sons da floresta em meio a um céu estrelado. Nada mau, vai!
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7 Comentários
Não existe Jardim botânico de Manaus !!!! Segundo o TRIPADVISOR, ha o MUSA MUSEU DA AMAZÔNIA, que nos últimos anos revezou entre 2 e 3 melhor lugar p visitar em Manaus, segundo a avaliação dos turistas !!! Estranho não aparecer nessa lista !
Deusdedith, o MUSA, que você mencionou, é um complexo que ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke e em cujo interior existe um Jardim Botânico. Se você acessar a página deles (mais especificamente esta aqui: http://museudaamazonia.org.br/pt/2016/01/29/o-que-e-2/), vai poder comprovar isso.
Até mesmo a página deles no TripAdvisor (https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303235-d4376730-Reviews-Manaus_Botanical_Garden_MUSA-Manaus_Amazon_River_State_of_Amazonas.html) os descreve como um Jardim Botânico. De toda forma, atualizei no post com o nome MUSA para que não haja dúvidas 😉
Nós colaboradores do MUSA agradecemos a devida correção e aguardamos sua visita !
É importante ressaltar que as belezas naturais no Amazonas mudam os aspectos conforme as estações das cheias dos rios e da vazante onde aparece as praias de água doce e não fica navegável os igapós.
muito bonito
Tem lugares aqui que eu não sabia que existia amei muito saber
Parabéns pela matéria. Mesmo com dois anos vai me ajudar muito no roteiro que farei até o final do ano no estado.