Você conhece as lendas amazônicas?

Elas são parte de nossa cultura, histórias que temos a impressão de já ter ouvido em algum lugar. As lendas amazônicas falam sobre as criaturas que habitam a floresta, sobre tragédias e explicam as criações e caprichos da natureza, e são em sua maioria parte do cotidiano indígena. Confira algumas delas abaixo:

Rio Amazonas

Lendas amazônicas: Rio Amazonas | Crédito: Shutterstock.com

A lenda diz que o rio foi formado pelas tristes lágrimas da Lua, que foi impedida de se casar com o seu grande amor, o Sol.

Curupira

Conhecido como o guardião da floresta e protetor da fauna e da flora, apresenta-se sob a forma de um menino endiabrado de cabelos vermelhos, pés virados para trás, com muitos pelos por todo o corpo e sem órgãos sexuais. É temido por castigar predadores e caçadores, principalmente os que caçam por esporte e não por necessidade, fazendo-os se perderem na floresta pra sempre.

Cobra-grande

Considerada o demônio das profundezas das águas, teria sido gerada por uma índia prenha de uma sucuri, que deu a luz a duas cobras gêmeas, macho e fêmea. Para fugir da fúria de seu irmão, a fêmea teria se escondido numa caverna na Amazônia, onde estaria até hoje. Os tremores de terra na região são atribuídos aos movimentos da cobra-grande em sua caverna.

Boitatá

Também um dos protetores da floresta, conhecido como a cobra de fogo, possui os olhos grandes e tem como missão assustar os que incendeiam as florestas.

Boto

lendas amazônicas

Lendas amazônicas:Boto | Crédito: Shutterstock

Encontrado nos rios da Amazônia, o boto se transforma em um rapaz que sai pela floresta à noite para conquistar as moças, principalmente nas festas, desaparecendo ao amanhecer. A ele também é atribuída a paternidade dos filhos das mães solteiras. Mas o boto também é protetor das mulheres, pois quando ocorre algum naufrágio, empurra-as para as margens do rio.

Saci-Pererê

Este menino negro de uma perna só usa na cabeça um gorro vermelho e fica o tempo todo fumando cachimbo. Travesso, costuma correr atrás dos animais para afugentá-los, gosta de montar em cavalos e dar nó em suas crinas, dando risadas ou assovios alegres e agudos. A ele são atribuídas as coisas que não dão certo, como, por exemplo, queimar a comida na panela, secar a água das vasilhas e sumir com objetos que dificilmente serão encontrados novamente.

Tamba-Tajá

Certa tribo possuía um índio muito forte e inteligente que, apaixonado, casou-se com uma bela índia de sua aldeia. Assim, viviam felizes até que ela ficou gravemente doente e tornou-se paralítica. Para não se separar de sua amada, ele teceu uma tipoia e amarrou a índia à suas costas. Levando-a para todos os lugares. Porém, certo dia o índio sentiu sua esposa mais pesada que o normal e percebeu que ela estava morta. Desolado, ele cavou um buraco à beira de um igarapé e enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo. Naquele mesmo local começou a brotar uma graciosa planta. Era a Tamba-Tajá, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso outra folha de tamanho reduzido. Dessa forma, a união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo.

Vitória-Régia

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Lendas amazônicas: Vitoria-Régia | Crédito: Shutterstock

Uma bela índia acreditava que a Lua escolhia as moças mais bonitas para transformá-las em estrelas. Para isso, todas as noites ela saía de sua oca a fim de ser vista pela Lua, mas, para sua tristeza, nada acontecia. Em uma noite, viu nas águas límpidas de um lago a figura da Lua. Imaginando que era para buscá-la, atirou-se nas águas profundas do lago e morreu afogada. Por fim, comovida com o sacrifício da bela jovem, a Lua resolveu transformá-la em uma estrela diferente: a Vitória- Régia (estrela das águas). Curiosamente, as flores brancas desta planta só abrem durante a noite.

Mandioca

Em certa tribo indígena, a filha do cacique ficou grávida de um desconhecido, e deu a luz a uma linda menina de pele extremamente branca e delicada. A criança era muito inteligente e alegre, querida por todos da tribo, mas em uma manhã ensolarada, não acordou mais. A índia, desesperada, resolveu enterrá-la dentro da maloca, molhando a terra com suas lágrimas saudosas. Uma bela planta nasceu no local, que a índia cuidava com todo o carinho. Até que um dia percebeu que a terra à sua volta apresentava rachaduras. Começou a cavar a terra, até que achou raízes muito grossas, brancas como o leite. Que vieram a tornar-se o alimento principal de todas as tribos indígenas.

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