Amsterdã, Haia, Roterdã ou Zwolle? Aqui tem espaço para as quatro representantes dos Países Baixos, que estão em alta quando o assunto é respirar ares de liberdade
Um destino sem espaço para preocupações, no qual dedicar-se de corpo e alma aos prazeres da vida é a atividade favorita dos viajantes. E não poderia ser diferente! Afinal, como resistir a um passeio de bicicleta sob uma brisa refrescante, a uma volta de barco por canais históricos, a uma xícara de café acompanhada de stroopwafels (waffles holandeses), a uma foto diante de um jardim de tulipas ou à oportunidade de viver isso tudo e muito mais em um único lugar? Pode até parecer sonho, mas, acredite, a Holanda é desse jeitinho mesmo: um país plural que encanta justamente por suas singularidades.
Chamada oficialmente de Países Baixos por ser dividida em doze províncias – duas delas de fato batizadas de Holanda, sendo uma do Norte e outra do Sul – e também por ter mais de 25% do seu território situado abaixo do nível do mar, a terra natal de Vincent van Gogh inspira bem-estar sob qualquer ponto de vista.
De proporções territoriais e populacionais semelhantes às do estado do Rio de Janeiro, é ao longo de 41,5 mil km² de extensão que seus 17 milhões de habitantes recebem visitantes do mundo inteiro, dando um verdadeiro show de tolerância e respeito à diversidade. Inclusive, se tem uma palavra que resume bem tal europeia é essa: diversidade.
Urbana, bucólica, histórica, moderna, esportista, gastronômica, baladeira e cultural, todos são bem-vindos à Holanda, uma pequena gigante facilmente explorada por meio de conexões ferroviárias e que nos convida para um tour por Amsterdã, Haia, Roterdã e Zwolle, quatro de suas estrelas principais.
No mapa, a capital holandesa é uma cidade só. Porém, basta caminhar ou andar de bike por suas ruas para perceber que, na real, Amsterdã acomoda vários lugares peculiares, o que é uma excelente notícia para os passageiros que buscam uma novidade a cada esquina. Por sinal, uma dica para fugir ainda mais do convencional é ir além da região central, onde ficam cartões-postais como a Praça Dam, o Palácio Real e o Museu de Amsterdã, explorando os muitos tesouros espalhados no entorno.
Dividida em bairros bastante distintos entre si, desbravar Amsterdã significa ir ao encontro de um universo de possibilidades para todos os gostos e perfis de viajantes.
Para os ecléticos, por exemplo, uma sugestão é curtir as áreas verdes e a atmosfera cosmopolita dos distritos de Bos en Lommer e De Baarsjes. Já para os fãs de história, a parada obrigatória é a praça Museumplein, que abriga os museus Rijksmuseum, Van Gogh, Stedelijk e Moco e está localizada no bairro de Zuid. Aos apaixonados por arquitetura, quem não pode ficar de fora do itinerário é Noord, o reduto de construções antigas e modernas ao estilo do NDSM Wharf, espaço cultural instalado em um antigo estaleiro.
Quer badalação? Então anote aí dois points imperdíveis: o De Pijp, onde é possível visitar o Albert Cuyp (maior mercado a céu aberto da Europa) e participar da Heineken Experience, promovida pela marca de cerveja holandesa, e o Distrito da Luz Vermelha, conhecido internacionalmente como um dos maiores polos de lazer e entretenimento noturno do país.
Agora, se a viagem for em família, os endereços que reúnem bares, restaurantes, lojas e centros culturais estão concentrados sobretudo entre as vizinhanças de Westerpark e Oud-West, na Amsterdam West, e no bairro de Oost, na zona leste da cidade.
Sede da monarquia constitucional holandesa, Haia não só ocupa a posição de centro político como também a de destino com um amplo leque de atrativos, que variam desde programas histórico-culturais a atividades ao ar livre.
A cidade da paz e da justiça na Holanda
A menos de 40 minutos de distância (tanto de trem quanto de carro) da capital, para começar o passeio com o pé direito a melhor maneira é alugar uma bicicleta e sair pedalando entre um ponto turístico e outro.
Tendo como início do percurso os prédios da Binnenhof, que formam o coração político do país, outros monumentos históricos pertinho dali são: a Real Galeria de Arte Mauritshuis, onde está exposto o quadro “Garota com Brinco de Pérola”, de Johannes Vermeer (considerado a Mona Lisa holandesa), os museus Escher in het Paleis e Panorama Mesdag – neste último repousa a impressionante obra de Hendrik Willem Mesdag, de 120 metros de comprimento e 14 metros de altura, que transporta o visitante para o século 19 – e o Palácio Noordeinde, utilizado como local de trabalho pelo rei.
Pensa que acabou? Que nada! Fora uma série de lojas, galerias de arte, restaurantes, teatros festivais e belezas naturais, é em Haia que fica ainda a linda, leve e solta Scheveningen, a praia mais popular da Holanda que é um convite direto para a diversão à beira-mar.
A aproximadamente 40 minutos de trem de Amsterdã está Roterdã, a segunda maior cidade da Holanda, tida ainda como a mais moderna do país.
Dona de uma arquitetura vanguardista, a metrópole que teve de ser praticamente reconstruída após a Segunda Guerra Mundial hoje exibe, orgulhosa, uma autêntica coleção de obras de arte, protagonizadas por arranha-céus e pelo maior porto marítimo da Europa.
Modernidade e estilo em um único lugar
Durante um passeio de carro, de bicicleta, de barco ou até de ônibus aquático, vale a pena apreciar quatro símbolos do destino: as Casas Cubo (Kubuswoningen), residências com o formato de um dado inclinado a 45°; a Estação Central, que, além de ferroviária, serve como modelo arquitetônico para lentes fotográficas; o Mercado Municipal de Roterdã (Markthal), cuja fachada em forma de ferradura cede espaço a um polo gastronômico recheado de iguarias da culinária regional; e o Museu Kunsthal, tido como um ícone cultural pela qualidade do seu acervo e pelo design de status arrojado e contemporâneo.
Seguindo adiante, a oportunidade é ideal para conferir de perto a engenharia da Ponte Erasmus, que cruza o rio Nieuwe Maas, e de conhecer Kinderdijk, povoado a menos de uma hora de carro de Roterdã e famoso por seus 19 moinhos de ventos, reconhecidos como um dos mais importantes cartões-postais da Holanda.
De um lado, um centro medieval; do outro, árvores, árvores e mais árvores. Esse é o cenário que recepciona os visitantes em Zwolle, a principal cidade da região situada ao redor do Rio Ijssel e distante de Amsterdã a apenas 1h de trem.
Integrante da chamada Hanseatic Towns – liga comercial datada dos séculos 14 e 15 e formada por sete municípios – e eleita em 2006 como a cidade mais verde da Europa, em Zwolle natureza e história caminham juntas, podendo ser admiradas em um passeio cheio de charme, cultura e muito ar puro.
Entre as riquezas condensadas por ali, o destaque vai para as construções centenárias, que englobam fachadas, muralhas, o portão Sassenpoort e o canal em formato de estrela que rodeia o centro histórico – bem como a Igreja Gótica de São Miguel e o Museu de Fundatie, o qual, por sua vez, abriga obras de artistas como Vincent van Gogh e Piet Mondrian – e para os inúmeros parques arborizados, como o Park de Wezenlanden, perfeitos para curtir os bons ventos da Holanda.
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