Considerada um dos trekkings mais famosos do mundo, a Trilha Inca é a rota preferida dos aventureiros que buscam um contato superpróximo com a natureza e com a história do Peru durante o trajeto que tem Machu Picchu, a fantástica cidade perdida dos incas, como destino final.
Incluindo no percurso um trecho da monumental estrada Qhapaq Ñan, ou Caminho Real, construída há milhares de anos como parte de uma complexa e extensa rede de interligações entre as cidades incaicas, a trilha peruana é uma experiência desafiadora que reserva aos seus participantes uma viagem inesquecível, rodeada de belezas naturais, paisagens deslumbrantes e riquezas arquitetônicas inigualáveis, como os maravilhosos calçamentos preservados de sua composição original.
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E para que nenhum detalhe fique de fora dessa incrível jornada, o Segue Viagem Digital elaborou um guia básico com todas as informações que você precisa saber antes de partir rumo a esse Patrimônio Cultural da Humanidade, tombado pela Unesco. Confira!
De maneira geral, a Trilha Inca pode ser dividida em duas categorias: a clássica e a curta – realizadas respectivamente em quatro e dois dias – que, fora o tempo de duração, apresentam ainda outras diferenças bem significativas entre si.
Com aproximadamente 40 km de extensão, a trilha clássica começa no km 82 da ferrovia Cusco-Quillabamba e inclui no roteiro uma visita a diversos sítios arqueológicos exclusivos, acessados somente por esse caminho. Indicada para pessoas com um bom preparo físico, que conseguem caminhar de cinco a oito horas por dia em lugares com altitudes que chegam a 4,2 mil metros, nesse circuito os pernoites são feitos em acampamentos montados pelas agências de viagens contratadas.
Dispondo de um número menor de sítios arqueológicos no itinerário, a trilha curta tem início no km 104 da mesma ferrovia da clássica e apresenta um percurso total de cerca de 15 km de extensão que atinge, em seu ponto mais alto, um pouco mais de 2,3 mil metros de altitude. Além disso, ao contrário da caminhada mais longa, na trilha curta não é preciso dormir em barracas, já que a única noite do trajeto pode ser passada em uma hospedagem no povoado de Águas Calientes.
Ah, lembrando que, em ambas as opções, a chegada a Machu Picchu é feita através do sítio arqueológico Inti Punku, a Porta do Sol.
A temporada mais indicada para fazer a trilha vai de abril a outubro, que é o período mais seco, com menos chuvas. Vale ressaltar que o percurso é fechado pelo governo durante o mês de fevereiro para manutenção.
Antes de definir o que levar na mala é preciso ter em mente duas questões: a primeira, qual das trilhas você vai realizar (a clássica ou a curta), e a segunda, quais itens fazem parte do serviço contratado – isso porque só é possível fazer a Trilha Inca acompanhado de guias credenciados.
No caso de a escolhida ser a clássica, não se esqueça de levar em consideração que, em geral, é você quem carregará os seus pertences durante a caminhada. Portanto, o recomendável é levar apenas o estritamente necessário ou então optar por empresas que ofereçam carregadores particulares.
Normalmente, são os organizadores do passeio que ficam responsáveis por transportar os equipamentos de uso comum e a comida, por isso, entre os produtos que você deve colocar em sua bagagem estão objetos pessoais, como bota ou tênis apropriados para longas caminhadas, roupas para o calor e para o frio, leves e pesadas, capa de chuva, óculos de sol, boné ou chapéu, protetor solar, lanterna, toalha, escova e pasta de dente, papel higiênico e, principalmente para a trilha clássica, lenços umedecidos, lanchinhos (chocolates, barras de cerais, bolachas etc.), cantil e, claro, uma câmera fotográfica.
Como o número de visitantes que entram na Trilha Inca é limitado pelo governo a 500 por dia na clássica e 250 na curta, incluindo os guias e os demais funcionários de apoio, é fundamental fazer sua reserva com, no mínimo, quatro meses de antecedência, visto que a procura pelo atrativo é bem alta e os ingressos se esgotam rapidamente.
Também é importante salientar que só é permitido fazer a trilha na companhia de guias credenciados pelo governo. Portanto, procure o seu agente de viagens e não deixe de seguir os passos de um especialista no assunto!
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